Entendendo a Distância Focal da Lente
A distância focal de uma objetiva é determinada a partir dos pontos nodais até os focais, ou seja, é a distância, em milímetros, entre o ponto de convergência da luz até o ponto - sensor ou filme em máquinas fotográficas - onde a imagem focalizada será projetada.
Quanto maior for a distância focal, menor será o ângulo de visão da imagem e maior será a "aproximação" dos objetos focalizados, devido ao corte realizado.
Todas as objetivas recebem classificações como grande angular, normal e tele objetiva, e quase todas elas podem ser do tipo macro (que permite uma focalização de objetos mais próximos) ou não.
Objetiva Normal:
De maneira geral, considera-se assim uma objetiva que possua uma distância focal praticamente igual à diagonal de um quadrado cujo lado tem tamanho semelhante ao lado maior do sensor full frame.
Estas objetivas são formadas em sua grande maioria, por cinco ou seis elementos, e a abertura máxima do diafragma, em geral, são as maiores.
Na fotografia, uma objetiva normal para o formato 35 milímetros é a 50 milímetros. O campo de visão desta objetiva é da ordem de 50°.
São chamadas assim também porque a imagem projetada tem distorção perspectiva muito próxima da distorção perspectiva do olho humano.
Objetiva Grande-Angular:
São objetivas que apresentam distâncias focais menores que a diagonal da imagem projetada, tendo, portanto, um grande campo de visão. Este campo pode ser desde a ordem de 180°, como em objetivas "olho de peixe", como 60°.
Seu uso, em geral, fica limitado a fotografia e vídeo.
Há casos, como na objetiva "olho de peixe", em que a construção da objetiva é diferenciada. É aplicado um conceito de retrofoco, pois a distância da última lente até a superfície do filme ou suporte fotográfico (CCD ou CMOS) é menor que a distância focal. Com este projeto de retrofoco, uma lente divergente é colocada antes do conjunto principal, e após a primeira lente (que é convergente). Assim, o ponto nodal é "alterado" de posição, e assim permite se que câmeras fotográficas do tipo reflex funcionem sem que o espelho tenha que ser removido.
Uma característica marcante é a tendência de causar distorções dos planos, sensação de prolongamento, onde objetos ou pessoas que estejam mais próximos a elas apareçam maiores do que aquilo que estiver mais distante. E outra característica é que a focalização é muito mais fácil, pois possui um grande ângulo de visão. Também possui naturalmente uma profundidade de campo muito maior, comparado com a mesma abertura do diafragma utilizado em outros tipos de objetivas.
Objetiva Teleobjetiva, ou de foco longo:
Estas objetivas são sistemas ópticos cujas distâncias focais são maiores que as das objetivas normais.
O número de lentes é menor e a distância entre os primeiros elementos e o plano do filme é praticamente igual à distância focal da lente.
A característica mais marcante no uso destas objetivas é a produção de imagens ampliadas e um aparente "achatamento" nos planos da imagem. Isto porque elas são produzidas para observar ou fotografar objetos numa distância mais elevada, e assim as distâncias relativas entre os objetos se tornam menores. Justamente por buscar imagens de objetos mais distantes, a focalização é mais crítica e difícil de ser feita, exigindo muita atenção de quem a utiliza. E também tem menor profundidade de campo se comparado com a mesma abertura do diafragma de outros tipos de objetivas.
Com estas objetivas, é mais adequada a utilização do recurso de macro fotografia, pois assim pode-se manter uma distância um pouco mais elevada do objeto e ainda sim conseguir focalizar algo que tenha um tamanho reduzido. Uma utilização muito comum é feita por cirurgiões dentistas, assim como por biólogos que pretendem catalogar amostras recolhidas, pois estas lentes também permitem fotografar numa proporção de 1:1.
Objetivas Zoom ou de foco variável:
Estas objetivas possuem características de variadas distâncias focais, porém não necessariamente de diferentes tipos, como grande-angular, normal e tele objetiva.
As objetivas zoom também são divididas em famílias, em função das distâncias focais, sendo que algumas destas objetivas apresentam o recurso de macro.
O início de sua produção se deu no ano de 1959, e no início os resultados obtidos eram muito pouco satisfatórios, o que lhe rendeu impopularidade por parte dos fotógrafos. Hoje são muito populares e com a reputação de oferecer boas imagens, sendo utilizadas em larga escala por câmeras de pequeno formato. Representam uma opção de ótima qualidade óptica e de custo financeiro ao fotógrafo, além da praticidade que oferecem.
As objetivas de distância focal variável podem ter seu zoom medido pela relação entre sua máxima distância focal e a mínima distância focal (Z = DFmax/DDmin). Portanto, o Zoom não pode ser utilizado para definir o ângulo de visão de uma objetiva, já que a relação pode ser igual para objetivas com distâncias focais distintas
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